O projeto de final de curso

O projeto final é, sem dúvida, uma das fases mais relevantes na formação académica de um jornalista. Ultrapassado, talvez apenas, pelo estágio curricular. Durante o projeto é pedido que os alunos criem uma publicação, utilizando o suporte que desejarem. (Sim, eu sei que esta é uma visão muito redutora do que é um projeto de final de curso)

Este ano, na ESEP, a divisão foi feita em 50/50, ou seja, dois grupos criaram publicações em papel, e outros dois criaram publicações para a Web (com algumas adaptações para plataformas móveis).

O meu projeto, foi uma publicação Web. O nome é EcoAlentejo e ambiciona ser uma publicação para a Web sobre Ecologia e Ambiente. Com conteúdos enquadrados na região Alentejo.

Sítio EcoAlentejo

Podem encontrar o projeto em EcoAlentejo e nas redes sociais: @mirandacelso | Facebook

Agora que está concluída esta fase, resta avançar para a próxima. O estágio.

Mas isso fica para um próximo artigo.

Actualização: Saíram finalmente as notas dos projectos. O EcoAlentejo obteve uma classificação de 16 valores. Segundo consta foi a melhor nota entre os projetos de jornalismo e comunicação este ano. (Carece confirmação)

Conversa sobre empreendedorismo #jvq

A noite de hoje foi marcada por uma conversa bastante interessante no Twitter. Começou a tratar o assunto dos estágios, mas rápido se transformou numa discussão aberta sobre empreendedorismo na área do jornalismo.

Catarina Campos, Vanessa Quitério, Paulo Querido e Paulo Henriques foram os principais intervenientes na conversa em que fiz questão de participar. Contribuindo com ideias, apontado constrangimentos e procurando soluções.

Estes foram os principais temas abordados:

  • Publicações de nicho vs. publicações generalistas;
  • Grandes redacções vs. pequenas redacções;
  • A importância da existência de um modelo de negócio;
  • A perseverança como característica fundamental do empreendedor;
  • Viabilidade da publicação;
  • A importância de um brand para a cultivação de fontes;
  • Redacção física vs. modelo de coworking vs. colaboração online.

Podem ver grande parte da conversa na hashtag #jvq e contribuir, no Twitter, ou comentando este post.

Google Cloud Connect

Google Cloud Connect é a nova aplicação da Google. Permite sincronizar automaticamente documentos entre o serviço Google Docs e a suite de produtividade Office da Microsoft.

A extensão, é compatível com várias versões do Microsoft Windows e Microsoft Office. Do Windows XP ao Windows 7 e do Office 2003 ao Office 2010, todas as versões funcionam sem problemas.

Foi na redacção da Pormenores que tive contacto pela primeira vez com as potencialidades do Google Docs. No domínio da escrita colaborativa, permite simplificar todo o processo. Ainda que com algumas desvantagens em relação ao Microsoft Office, o Google Docs permita manter organizadas todas as versões do mesmo documento. Permitia também a edição simultânea entre o autor e o revisor.

Agora, com esta extensão, é possível dar a mesma utilidade ao Office e, ao mesmo tempo, beneficiar de todas as suas ferramentas mais avançadas. O Google Cloud Connect nem sequer requer uma ligação constante à Internet.

É uma junção entre o melhor que estes dois mundos têm para oferecer.

Ataques e agressões a jornalistas ocidentais no Médio Oriente

Fotografia de Lara Logan, jornalista da CBSAcabaram-se as férias e agora, de regresso a casa, esforço-me por me atualizar sobre os acontecimentos da última semana.

À data da minha partida, o principal foco dos jornais e telejornais era a revolução egípcia. Revolução que se alastra agora aos outros países do Médio Oriente, e quando maiores os confrontos, maiores os riscos a que os jornalistas se sujeitam.

Lara Logan, é jornalista da CBS. Esteve no Cairo na noite da queda de Mubarak. Foi atacada e agredida física e sexualmente, segundo consta repetidamente por um grupo de homens imiscuídos no meio dos que celebravam a saída do ex-líder egípcio.

Agora, no Bahrain, foi a vez de Miguel Marquez, correspondente da ABC News, sofrer uma agressão violenta. Marquez viveu momentos de tensão, quando se viu no caminho da carga policial. O ataque ficou gravado na actualização, em audio, que transmitia na altura.

Venha o projeto e o estágio

Estou finalmente em condições de começar, ainda mentalmente a ponderar os temas para o projeto de final de curso. Depois dessa etapa, vem o estágio — primeiro contacto com o mundo profissional.

Agora é aproveitar estas mini-férias na Madeira, relaxar o mais possível e regozijar-me no prazer de não ter mais de matar neurónios. Memorizar teorias, algumas ultrapassadas, de como se faz jornalismo, dizimou alguns milhares deles.

Testemunho de um jornalista detido no Egito

Ayman Mohyeldin foi detido durante nove horas pelo exército egípcio no domingo. O jornalista da Al Jazeera relata a sua detenção, explicando que se deveu ao facto de ser jornalista.

A detenção de Mohyeldin levantou uma contestação mundial no Twitter depois da sua estação ter lançado esta mensagem:

Al Jazeera correspondent Ayman Mohyeldin ( @AymanM) has been arrested by #Egypt military authorities. We call for his immediate release.

Como enganar jornalistas

Um grupo de australianos decidiu fazer uma experiência. O objectivo era levar os meios de comunicação social a publicar um relatório falso, produzido por um instituto de “fachada”. O relatório em causa comparava os cidadãos de várias cidades e apontava as cidades mais ingénuas e as mais cépticas.

Com cerca de 255€ conseguiram levar meios de comunicação a publicar o relatório. Só foram descobertos por um utilizador da Internet que não tinha nada a ver com os jornalistas de uma estação. Mesmo apesar das várias migalhas que foram deixando pelo caminho propositadamente.

Será que a pressão exercida pelo tempo, leva os jornalistas a ignorar o processo de verificação das fontes? Este vídeo mostra que, em alguns media na Austrália, é o que acontece.

O modelo curricular da UNESCO para o ensino de jornalismo

Logótipo da UNESCOA UNESCO lançou o “Modelo curricular da UNESCO para o ensino de jornalismo” [PDF].

Entre outras coisas pode ler-se:

Um modelo curricular para o ensino do jornalismo deve incluir unidades denominadas por nós de “fundamentos do jornalismo”, concebidas com o objetivo de fornecer pré-requisitos intelectuais e profissionais aos estudantes.Alguns desses fundamentos são:

  • Capacidade de pensar criticamente, integrando habilidades de compreensão,análise, síntese e avaliação de conteúdos pouco familiares, e uma compreensão básica do conceito de evidência e dos métodos de pesquisa e apuração jornalística.
  • Capacidade de redigir com clareza e coerência, utilizando os métodos narrativo, descritivo e analítico.
  • Conhecimento de instituições nacionais e internacionais dos campos político, econômico, cultural, religioso e social.
  • Conhecimento de questões da atualidade e noções gerais de história e geografia.

FONTE: Jornalices

Mais sobre o modelo de informação da CNN

aqui escrevi antes sobre o modelo de informação da CNN e de outras estações televisivas americanas. Desta vez, apresento aqui o vídeo de uma entrevista de Cenk Uygur.

Uygur fala da desactualização do modelo de informação da CNN e como isso poderá provocar uma mudança nos padrões de consumo de notícias.

Eu sei para onde se dirige o futuro das notícias [risos]. Dirige-se para nós [MSNBC]. A Maior parte das pessoas, abaixo dos 30 anos, consomem as notícias, não da televisão, mas da Internet.

[Pausa]

A outra parte do futuro é que, em termos de conteúdo, eles [CNN] irão adoptar o nosso modelo. Porquê? Porque o nosso modelo funciona e o deles não.

Uygur diz também que a CNN apresenta notícias “vanilla”, não explicam a realidade e limitam-se a mostrar as imagens e a dizer, sorrindo que “Não é tudo fantástico?”. Defende que as pessoas vão mudar os seus hábitos porque sabem que a realidade não é bem assim.